Resumidamente, o livro conta a história de um cara que, prestes a cometer suicídio, é impedido por outro cara, que o convence de que não há motivos de acabar com a própria vida. Então, o suicida passa a seguir este cara que, maltrapilho, sai pelas ruas ajudando pessoas, vendendo sonhos.
Apesar de parecer, não é exatamente um livro de auto-ajuda. Gostei dele, tem umas ideias massa, é bem o assunto que deveria ser discutido em todos os lugares, principalmente em escolas. Abaixo umas partes que destaquei:
"Muitos privilegiados financeira e intelectualmente viviam vazios, entediados, ilhados em seu mundo. O sistema social assolava não apenas os miseráveis, mas também o abastados." (p.16)
"Trabalhamos, compramos, vendemos e construímos relações sociais; discorremos sobre política, economia e ciências, mas no fundo somos meninos brincando no teatro da existência, sem poder alcançar sua complexidade. Escrevemos milhões de livros e os armazenamos em imensas bibliotecas, mas somos apenas crianças. Não sabemos quase nada sobre o que somos. Somos bilhões de meninos que, por décadas a fio, brincam neste deslumbrante planeta." (p. 31)
"O sistema havia enfartado a imaginação das pessoas, corroera a sua criatividade. Elas raramente surpreendiam. Raramente davam presentes inesperados. Raramente reagiam de modo distinto em situações tensas. Raramente libertavam o intelecto para enxergar os fenômenos sociais por outros ângulos. Eram prisioneiros e não sabiam." (p.96)
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