29 de maio de 2013

Garotas de Vidro

Da autora Laurie Halse Anderson, o livro conta a história de Lia, uma garota obcecada pela magreza.
Lia fica totalmente fora de controle quando recebe a notícia da morte de sua melhor amiga, Cassie, ainda mais quando descobre que a amiga havia ligado 33 vezes para ela antes de morrer.
  As duas amigas haviam apostado quem ficava mais magra, o que resultou na morte dolorosa e solitária de Cassie.
  Lia impõe a si mesma um regime bastante cruel, e acaba despertando preocupação em seus pais divorciados e na sua madrasta, mãe da sua meia-irmã, que tentam ajudá-la a qualquer custo.
  Lia precisa lutar contra seus fantasmas internos, e Cassie, que se tornou um deles.

-Eu não quero ir- digo.- Não tem por quê.
-Eu sei- responde Jennifer.- Você é adulta, e toma suas próprias decisões. Estamos começando a descobrir isso.- Ela sorri um pouco e usa palavras mais amenas.- Às vezes ser adulta quer dizer fazer a coisa certa, mesmo que não seja aquilo que você quer fazer.
[...]
-Só uma noite- Jennifer diz.- Pense que bom exemplo você daria para a Emma; como encarar as coisas que te trazem desconforto. Todo mundo tem que aprender como fazer isso. [Pág. 124]



Se eu tivesse as pernas da dona aranha, teceria um céu em que as estrelas se alinhassem. Colchões seriam amarrados com força aos seus caminhões, corpos jamais atravessariam para-brisas. A Lua apareceria sobre o mar escuro como vinho e entregaria bebês apenas a donzelas e músicos que tivessem rezado bastante e com fé. Garotas perdidas não precisariam de bússolas, nem de mapas. Elas encontrariam caminhos de biscoitos de gengibre para guiá-las para fora da floresta e de volta para casa.
  Elas jamais dormiriam em caixas prateadas com lençóis de veludo branco, não até se tornarem vovós enrugadas como papel e estivessem prontas para a viagem. [Pág. 258]



Agora vou ler O Caso dos Dez Negrinhos, da Agatha Christie. 

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