16 de abril de 2013


Capítulo 2

  Os minutos parecem não passar, e os pensamentos não terem fim. Até que seu telefone toca...
-Alô?- Diz Julieta ao ver que era uma chamada sem identificação.
-Oi, quem é?- Pergunta Julieta apreensiva ao não receber resposta alguma.
  Dá um pulo ao ouvir barulhos de coisas sendo jogadas ao chão, e cai a ligação.
  Mais essa ainda!
  Julieta distraída não percebe a chegada de Gina, e leva um susto ao ver sua amiga sentada ao seu lado.
-O que aconteceu? Tá com uma cara estranha...- Pergunta Gina sorrindo.
-Acabei de receber uma ligação estranha. E tem mais! Não há registro de um novo carteiro no correio, o atendente deve achar que sou louca.
-Como assim? Então quem era aquele cara?- Pergunta Gina.
- É o que estou tentando descobrir a quase duas horas. Preciso buscar meu carro na oficina, vem comigo?
-Claro, vou até sua casa também, só preciso passar em casa pegar roupas.
-Ok, pegamos o carro, depois passamos na sua casa.
  Ao chegarem em casa, as duas quase caem pra trás ao perceber que a casa estava todo bagunçada, as comidas e louças da pia estavam todas no chão, cadeiras estavam derrubadas, almofadas rasgadas, e fotos espalhadas pelo chão.
Elas caminham perplexas por toda a casa analisando todas aquelas coisas jogadas ao chão.
Ao chegarem ao seu quarto Julieta se depara com uma foto sua grudada no espelho de seu guarda-roupa, um calafrio toma conta de seu corpo, pois ela não sabia que existia aquela foto dela quando criança, mas o que mais lhe chamou atenção foi que a foto estava cortada ao meio, fazendo com que elas não reconhecessem quem estava ao seu lado de mãos dadas com ela.
Julieta com suas mãos tremendo com tudo o que tinha acabado de ver, arranca a foto de seu espelho e a guarda dentro do bolso de sua calça. E olha em direção a Gina encarando-a tentando encontrar alguma resposta em seus pensamentos. Depois de alguns minutos de silêncio.
- Julieta, o que é isso? Por que isso ta acontecendo contigo?
-Não sei, ta parecendo até filme de terror, mas vamos tentar arrumar um pouco essa bagunça, ou será que devo chamar a polícia? Fala Julieta confusa.
- Boa ideia, talvez assim tenhamos alguma explicação.
Julieta desce as escadas correndo pega seu telefone e liga a polícia de sua cidade.
-Alô, Polícia de Plymouth do Estado de Minnesota, o que deseja? Diz uma voz grossa do outro lado do telefone.
-Oi, aqui é Julieta Abeck, queria registrar uma ocorrência, hoje pela tarde quando cheguei a minha casa a encontrei em um estado desagradável, móveis jogados, cortados e muitas de minhas fotos espalhadas pelo interior de minha casa, liguei pois estou angustiada e preciso da ajuda de vocês.
- Pode me passar os dados da localidade de sua residência senhorita Julieta Abeck?...
Enquanto Julieta passava os dados ao policial pelo telefone, Gina descia as escadas e sentou no espaço do sofá onde não havia nada jogado sobre ele, pegou o controle e ligou a televisão.
Após Julieta desligar o telefone sentou-se ao lado de Gina, e uma lágrima escorria de seu rosto.
- Não chora Juli! Gina fala acariciando o rosto de sua amiga e lhe envolve em um abraço apertado.
- Mas por que tudo isso comigo? Não entendo.. Espero que tudo se resolva.
Ali ficaram as duas durante uma meia hora. Quando a campainha chama a atenção delas.
 Julieta vai abrir a porta, e se depara com um jovem alto, de cabelos escuros e pequenos olhos verdes com a farda de policial em prontidão em sua porta.
- Boa noite! Entre por favor. Diz Julieta tentando esconder os olhos vermelhos e secando as ultimas lágrimas que haviam caído de seu rosto com todo o acontecido.
- Boa noite, Senhorita Julieta. Sou o Policial Adam, quem atendeu a sua ligação, prazer. Diz ele, entrando na casa e em seguida apertando firmemente sua mão.
Logo atrás outro policial, este com uma aparência mais experiente, vai entrando
  Sem dizer nada, avalia a casa, cômodo por cômodo, muito atento.
Depois de preencher o Boletim de Ocorrência, Julieta aguarda a averiguação dos policiais.

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